Uma tonteira
me tirou o tino
me tirou o tino
no instante em que contava
quanto tempo era necessário para a nuvem
destampar o sol
e ele pudesse voltar a cobrir meu
corpo. Foram vinte e três minutos...
destampar o sol
e ele pudesse voltar a cobrir meu
corpo. Foram vinte e três minutos...
Rápido demais.
E o sol, então, tinturou minha pele de
novo ..A cada vinte e três minutos o sol
se escondia
isso se repetiu
por um mil quinhentas e quarenta
vezes em um intervalo iluminado
quase nulo. Já não dava mais para
contar
Por por quanto tempo
o sol se escondia
já era tudo nublado demais.
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Sou natural do sertão baiano e no ano de 2020 tive um conto selecionado
para publicação no livro-coletânea Escritas Femininas em Primeira
Pessoa (Editora Oralituras), se consumando, assim, a minha primeira
publicação. Encontrei na poesia, na literatura, o meu lugar seguro e das
possibilidades de reimaginar o meu presente-futuro desgarrada das dores
e ausências que atravessam os diversos territórios que habito.
Muitabeleza e sensibilidade.Parabens Vitoria Matos
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