Força ancestral
Por mais que façam tombar corpos negros
mais corpos negros nascerão...
Por mais que façam tombar corpos negros
mais corpos negros nascerão
e farão brotar
novas vidas negras e brilhantes.
Reajo,
não me passo:
ergo minha lança além do traço
de seus devaneios de feitor.
Por mais que façam tombar corpos negros
mais corpos negros nascerão.
Dos nomes que carrego comigo ,
identidades multiplico;
mais guerreiras negras, replico,
Salve, Tereza de Benguela!
Salve, Maria Felipa!
Salve, Luisa Mahin!
Salve, quilombos de memórias salgadas
além-mar.
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licenciada em Letras Vernácula, Mestra (UNEB) e Doutoranda em Crítica Cultural (UNEB). Ativista do movimento negro, filha do Ilê Axé Iboro Odé, professora da rede municipal de educação de Camaçari e consultora de beleza. Pesquisa além de realizar Formações continuadas para professores por diferentes instituições educacionais e oficinas sobre Contação de Histórias infantis. Desde os 8 anos escreve poemas e contos para infância. Enquanto escritora de Literatura Negra tem poemas publicados no site da Fundação Palmares (2010); Projeto Escritoras da Bahia (2015), na Revista Entrelinhas (2015) e Projeto Pé de Poesia (Salvador, 2016). Poemas e contos pela Antologia Cadernos Negros (Quilombhoje, vol. 37, 38, 39, 40 e 42: 2014 a 2019) e Mulher Poesia I, II, III, IV (Cogito, 2016-2019). Recebeu prêmio de melhor poesia pelo 2º Festival de Literatura São Francisco Xavier (2014), no 5º Concurso das Farmácias Pague Menos (2016) e no 2º Concurso do Sarau da Onça (“O diferencial da favela”, 2017, Editora Galinha Pulando). Mantém disponível aos leitores o blog “Sangue de Barro”(negronapreta.blogspot.com), foi colunista do site Destaque1 e integra o Clube de Leitores QuilomboLetras e as Quartinhas de Aruá: encontro de literatura negra. É autora de literatura infantil: As tranças de minha mãe (Editora Uirapuru, 2018), Makeba vai à escola (Cogito, 2019), Tunde e as aves misteriosas (Editora Ereginga Educação, 2020) e primeiro livro de poemas Já fui água um dia (Penalux, 2019).
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