Quem dera querer apenas o essencial,
sem besteiras,
deitar sobre a
mandíbula
olhando sem olhos
o céu sem estrelas
Quem dera
permanecer apenas
intacta
macia e
rosada sem
cortes sem
marcas
Quem dera pudesse, eu
remoer certos
bolos
desfrutar mais uns
gostos
deslamber,
cuspir outros
Mas não sou de boca
qualquer que sequer
sabe o que prova. Eu sinto o
frio da colher
como o carinho que me toca.
Eu sinto histórias nas gengivas.
Sinto incontáveis salivas.
O sabor de paixões
derretidas com minhas
papilas gustativas.
Arte Glossal num Percurso de Língua
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Tenho de 19 anos, nasci e cresço numa pequena comunidade no município de Itiúba, na Bahia. Em meio às dificuldades da vida, encontro na escrita a liberdade para me expressar, desde as dores às belezas de ser mulher, e o que mais me fizer sentir e me inspirar. A poesia é pra mim, sobretudo, um poder de organização para uma mente confusa, insegura, mas com sonho de se conhecer e se permitir. Embora sendo algo muito íntimo, como um momento comigo mesma, acredito que desabafos e empatia salvam, assim, a arte é mais bonita quando compartilhada.
Que poder! 😍
ResponderExcluirMinando gratidão ❤️😍
ResponderExcluirVc é linda amiga
ResponderExcluirSomos sim! 😍
Excluirparabens poetisa
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