sábado, 15 de maio de 2021

Andreza Benguela

 


Arreda, homem que aí vem mulher!


Vem serena e gargalhando, de batom vermelho, 

sua taça tem o sangue vital do mundo,

sua gargalhada é na cara de quem antes 

de saber o nome, disse ki (bunda) primeiro.


Arreda, homem que aí vem mulher!


Ela é a Outra de quem dela sente inveja. 

Com turbante, ela amarra o amor na 

cabeça

e com uma facada, abre as ideias do coração.


Arreda, homem que aí vem mulher!


Ela escolhe o que quer ser, ela está onde 

quiser. Antes de você falar, ela já te escuta.

No poder do feminino, bote fé.

 

Arreda, homem que aí vem  mulher 

 

Preta, quikilombola é arretada.

Escolheu a maternagem parindo 

axé.

Em cada verso um ebó!

Quem vem de lá é MULHER

 

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sou mãe solo, estudante, professora, militante do movimento negro, 

 

candomblecista e uma poetisa que ainda não publicou um livro mas que ama 

 

escrever e ama ser quem é, uma mulher preta que persegue os sonhos do 

 

seu povo. amo escrever, e sempre fiz desde criança, compartilho meus 

 

escritos e minhas redes sociais e onde acho espaço para expressar minha 

 

alma. 

Um comentário:

  1. parabens Andreza Benguela.Poema engajado,belo e alegre.Me snto feliz em encontrar uma poetisa militante,com alegria e forca nos versos

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